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Os Jogos De Aventura Ontem e Hoje
Mais tarde, a Sierra contrataria Jane Jensen, uma designer de jogos brilhante. Em 1992, foi co-designer do King's Quest VI, um jogo marcante que fazia parte da mais proeminente série da Sierra. No ano seguinte, Jane criou o primeiro jogo da série que é a sua imagem de marca, Gabriel Knight: Sins of the Fathers (1993), e que é considerado por muitos como o melhor jogo de aventura de sempre. Este teve mais dois capítulos, The Beast Within: A Gabriel Knight Mystery (1995) e Gabriel Knight 3: Blood of the Sacred, Blood of the Damned (1999). E agora os fãs exigem mais outro!
O Desaparecimento dos Jogos de Aventura
Mas porque razão deixaram estes jogos de ser tão populares entre a maioria dos jogadores? As razões podem não ser assim tão óbvias. À medida que se tornavam mais sofisticados e tecnológicamente avançados, também a sua produção se tornava mais dispendiosa, com valores orçamentais que se começavam a aproximar dos das produções de Hollywood.
Com o aparecimento dos simuladores e dos shooters em 3-D mais baratos de produzir, como o DOOM, deu-se também o crescimento explosivo do mercado informático e da internet. Para os jogadores recém-iniciados, pode ser inicialmente apelativo poder rebentar com um problema em vez de ter de pensar para o resolver.
À medida que o mercado se deixava dominar por empresas de vistas curtas, o ênfase no lucro a curto-prazo determinava que jogos seriam desenvolvidos, ignorando tudo aquilo que tornara bem sucedidas as empresas mais antigas. Agora, estas marcas mais antigas e de sucesso, ficam num limbo, com os seus fãs a exigirem o seu regresso, os novos donos recusando o desenvolvimento de novos títulos ou a cedência (ou venda) dos direitos a quem quer eventualmente tentar produzir os jogos. Todos perdem com isto, à excepção de quem vende cópias usadas, que atingem valores obscenos.
O Regresso dos Jogos de Aventura
Sob que condição poderiam os jogos de aventura recuperar a sua popularidade? Com um jogo financeiramente bem sucedido, especialmente no extenso mercado Americano. Os jogos de aventura ainda gozam de alguma popularidade noutros locais, como por exemplo na Europa.
Teria de ser inovador, sem abandonar o aspecto central dos jogos de aventura, o ênfase dado à narrativa. Teria de ser apelativo para os jogadores tradicionais deste género (que são de todas as idades), bem como para novos jogadores.
O jogador TEM forçosamente de tomar parte nas decisões que determinam o desenvolvimento ou a direcção tomada pelo enredo, e não ser apenas um acessório. Os puzzles do jogo não podem ser obstáculos irrelevantes a aparecerem ao calhas; têm de fazer parte integrante da trama e a sua resolução ser necessária à continuação da história. As sequências de acção, a existirem, devem ser reduzidas ao mínimo, sempre com opções de vitória fácil. Também deverá sempre existir uma forma de evitar o combate.
